É preciso reconhecer Cristo nos oprimidos
- Teones Ferreira
- 1 de mai. de 2019
- 3 min de leitura
“Os pobres são o nosso passaporte para o paraíso” - Papa Francisco
O amor aos pobres inspira-se no Evangelho das bem-aventuranças e no exemplo de Jesus sempre dando atenção aos pobres. Jesus se encontra no pobre, oprimido, no marginalizado e cabe a nós sermos o grito deles no mundo. Não se trata de adotar ideologias, mas de abraçar a missão a nós confiada, de não os omitir diante das injustiças sociais.
Jesus disse: «Todas as vezes que fizerdes isto a um só destes irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes» (Mateus 25,40).

Ver nos pobres o rosto de Jesus
O rosto do pobre e do excluído é o rosto de Deus. Nele [pobre] está Cristo, injustiçado, excluído, enfermo e marginalizado pela própria sociedade.
Durante muito tempo a sociedade tem se comportado de uma maneira egoísta. Tem procurado olhar somente para si, tomando conta do próprio nariz e desprezado o outro, o próximo.
“É toda a existência que deve ser orientada ao encontro com Ele, ao amor por Ele; e com isso, um lugar privilegiado tem que ter o amor ao próximo, aquele amor que, à luz do Crucifixo, nos faz reconhecer a face de Jesus no pobre, no fraco e no sofredor.” (Papa Beto XVI, durante tradicional Audiência Geral das quartas-feiras em Janeiro de 2013).
"Conheço Jesus pobre e Crucificado e isso me basta." -São Francisco de Assis
São Francisco de Assis, um dos santos católicos mais conhecidos viveu uma vida de completa pobreza, de amor aos pobres e marginalizados, se fazendo menor entre os menores para descobrir um amor maior. Seu exemplo de vida, de amor aos pobres nos ensina como podemos viver verdadeiramente o Evangelho de Jesus Cristo.
A encarnação do verbo é maior prova de que Deus grande se fez pequeno para amar os pequenos, se fez pobre para demostrar seu amor os pobres pecadores. Durante toda a história, Deus agiu por meio de mediadores, como Moisés, para transmitir sua divina vontade. Sua verdadeira face que não era conhecida pelo povo se tornou revelada na encarnação do verbo. Embora tivesse vivido no céu, Jesus abriu mão da sua vida celestial, nasceu como humano e ‘tornou-se pobre por nossa causa’. (2 Coríntios 8:9)
Ao contrário do que se esperava, Jesus se fez pequeno para os pequenos e se mostrou pobre para nos ensinar que neles [pobres], Ele está.
O grito dos pobres e sofredores
“Cada dia mais forte, mas também menos escutado, sufocado pelo barulho de alguns ricos” (Papa Francisco, na missa celebrada na Basílica de São Pedro, em Roma, pela ocasião da II Jornada Mundial dos Pobres em 2018).
É preciso reconhecer aqueles que tem fome, que tem sede e que está despojado de sua dignidade. É preciso que se ouça o grito dos pobres e sofredores.
Exemplos como os de São Francisco de Assis, Madre Tereza de Calcutá, e tantos outros santos católicos nos ensinam até hoje que nem sempre as palavras são necessárias. Não podemos permanecer de braços cruzados enquanto alguém sofre. É preciso agir, não com palavras, mas com obras concretas, que façam a diferença na vida do outro.
"Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras." -São Francisco de Assis
Somos chamados a viver a radicalidade do evangelho a todo instante, de ir em direção de Jesus que está presente nos pobres e sofredores. Levar o amor de Jesus aos marginalizados. Somos chamados a agir, a sairmos do nosso comodismo e sermos a presença de Jesus aos que sofrem. Tenhamos uma visão sensível e amorosa diante das realidades sofredoras.
Levemos a esperança onde houver desespero e o amor onde falta!
E agora? Mãos à obra! Tornemo-nos anunciadores do amor de Jesus ... já! Paz e bem amados(as)!

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