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São João Paulo II - Uma vida dedicada a Deus

  • Foto do escritor: Teones Ferreira
    Teones Ferreira
  • 16 de jun. de 2019
  • 5 min de leitura

São João Paulo II

Nascido no dia 18 de Maio de 1920, em Wadowice, na Polônia. Karol Józef Wojtyła, que mais tarde se tornaria o 263° sucessor de São pedro, era filho de Karol Wojtyla e de Kaczorowska.

Não muito diferente de tantas crianças nesse mundo, desde muito novo encarou a vida dura e isolada. Veio a ficar órfão aos 08 anos e em seguida perdeu seus dois irmãos mais velhos. Aos 20 anos de idade o jovem polonês havia perdido todos de sua família.

Fez sua primeira comunhão aos 09 anos de idade. Estudou na escola Marcin Wadowita e em 1938 mudou-se para a Cracóvia onde estudou na Universidade de Jaguelônica e numa escola de teatro.

Desde muito jovem Karol demostrou muito interesse pelo esporte, principalmente na posição de goleiro. Na adolescência tinha um contato muito próximo com a grande comunidade judaica de Wadowice e lá participava dos jogos de futebol que eram disputados entre os times de judeus e católicos, com Wojtyła muitas vezes jogando ao lado dos judeus.

Após a invasão da Polônia em 1939, ainda no início da Segunda Guerra Mundial, as forças de ocupação da Alemanha Nazista fecharam a Universidade Jaguelônica fazendo com que todos o homens capazes, inclusive Karol, tivessem que trabalhar para evitar a deportação. Em 1941 seu pai um suboficial do Exército Polonês morreu de ataque cardíaco. Depois de mais uma perda o jovem polonês começou a considerar seriamente a ideia do sacerdócio e impulsionado e chamado ao sacerdócio, em 1942 iniciou seus estudos em um seminário clandestino na Cracóvia. Terminada a Guerra, deu continuidade aos seus estudos na Faculdade de Teologia da Universidade de Jaguelônica e no dia 1 de novembro de 1946 foi ordenado padre. Após sua ordenação mudou-se para Roma e lá completou curso universitário conseguindo a sua licenciatura e, posteriormente, o seu primeiro doutorado em Teologia.

Em 4 de julho de 1958 foi nomeado Bispo auxiliar de Cracóvia pelo Papa Pio XII e escolheu como lema episcopal a conhecida expressão “Totus tuus”, de São Luís Maria Grignion de Montfort, um grande apóstolo da Santíssima Virgem Maria. Sua ordenação episcopal foi em 28 de Setembro do mesmo ano.

Em 13 de janeiro de 1964, o papa Paulo VI o elevou a Acerbispo de Crácóvia e em 26 de Junho de 1967, foi criado Cardeal por Paulo VI. Após a morte do Papa Paulo VI, o Cardeal Wojtyla votou no Conclave papal que elegeu Papa João Paulo I, que veio a falecer após somente 33 dias como papa. Com a necessidade de um segundo conclave, este precipitado em virtude da morte de João Paulo I, na tarde de 16 de Outubro de 1978, depois de oito escrutínios, o Arcebispo de Cracóvia foi eleito Papa. Wojtyla adotou então o nome João Paulo II.

A 13 de Maio de 1981, foi atingido por um tiro e gravemente ferido durante uma tentativa de assassinato quando entrava na Praça de São Pedro, no Vaticano. Encaminhado para a mesa de cirurgia ele ganhou rapidamente a consciência antes de ser operado pediu aos médicos para não remover o seu escapulário de Nossa Senhora do Carmo durante a operação. Mais tarde afirmaria que foi Nossa Senhora quem o manteve vivo durante todo esse seu calvário.

Como papa João Paulo II viajou extensivamente e se encontrou com fiéis das mais diferentes crenças. Constantemente tentou encontrar afinidades, doutrinárias e até mesmo dogmáticas. Publicou vários livros de poesia e, sob o pseudônimo de Andrzej Jawien, escreveu uma peça de teatro, "A Loja do Ourives" em 1960. Entre seus escritos éticos e teológicos incluem o "Amor Frutuoso e Responsável" e "Sinal de Contradição", ambos publicados no ano de 1979. Sua primeira Encíclica, "Redemptor Hominis" (Redentor dos Homens) de 1979 explica a ligação entre a redenção por Cristo e a dignidade humana. Algumas de suas encíclicas posteriores defendem a importância do trabalho como "forma de santificação" (1981); a posição da igreja na Europa de Leste (1985); os males do Marxismo, materialismo e ateísmo (1986); o papel da Virgem Maria como fonte da unidade Cristã (1987); os efeitos destrutivos da rivalidade das superpotências (1988); a necessidade de reconciliar o capitalismo com a justiça social (1991) e uma argumentação contra o relativismo moral (1993).

Sua 11ª encíclica de João Paulo II, "Evalegium Vitae" (1995), reitera a sua posição contra o aborto, controle da natalidade, fertilização in vitro, engenharia genética e eutanásia. A sua 12ª encíclica, "Ut Unum Sint" (1995) se refere a temas que continuam a dividir as igrejas cristãs, como os sacramentos da Eucaristia, o papel da Virgem Maria e a relação entre as Escrituras e a tradição. Esta, que se refere a Virgem Maria, define muito o quanto era devoto e apaixonado por ela. Sua espiritualidade mariana era belíssima o que o levou a ter uma vida e um papado inteiramente dedicado a Deus.

A obra que marcou profundamente a vida e consequentemente sua espiritualidade foi o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort. Ele mesmo experimentou e testemunhou o quão esse tratado foi eficaz na sua vida:

“Eu próprio, nos anos da minha juventude, tirei grandes benefícios da leitura deste livro, no qual “encontrei a resposta às minhas perplexidades” devidas ao receio que o culto a Maria, “dilatando-se excessivamente, acabasse por comprometer a supremacia do culto devido a Cristo”. Sob a orientação sábia de São Luís Maria compreendi que, quando se vive o mistério de Maria em Cristo, esse risco não subsiste. O pensamento mariológico do Santo, de fato, “está radicado no Mistério trinitário e na verdade da Encarnação do Verbo de Deus”.


Durante seu papado João Paulo II resistiu à secularização da igreja. Muitas vezes rejeitou a ordenação das mulheres e opôs-se a participação política e a manutenção de cargos políticos pelos padres. Seus atos ecumênicos iniciais foram dirigidos para a Igreja Ortodoxa e para o Anglicanismo, e não para o Protestantismo Europeu.

Já com a doença de Parkinson muito avançada, no dia 30 de março de 2005, surgiu à janela do seu escritório para tranquilizar os católicos, e já era muito evidente o seu estado extremamente debilitado. Aos 84 anos, após dois dias de agonia às 21h37 de Roma, 16h37 de Brasília, do dia 2 de abril de 2005 em seus aposentos no Palácio Apostólico vem a falecer o Papa João Paulo II.

Permaneceu 26 anos como soberano da Cidade do Vaticano, o terceiro maior papado da história da Igreja. Visitou 129 países durante seu pontificado teve 04 vezes no Brasil onde visitou várias cidades e reuniu multidões. Teve papel importante para o fim do comunismo na Europa e principalmente na Polônia seu país, onde viajou várias vezes e bateu de frente com o governo totalitário comunista. Lutou contra a queda dos costumes da Igreja e também contra os escândalos de pedofilia na igreja americana além de lutar também dentro da própria Igreja.

Inspirado por chamadas de "Santo Subito!" ("Santo Imediatamente!") das multidões se reuniram durante o funeral papa bento XVI iniciou o processo de beatificação ignorando a restrição normal que cinco anos devem se passar após a morte de uma pessoa antes do processo de beatificação poder começar.

Seu pontificado cheio de fé, coragem, amor e determinação foram fatores essenciais para a sua canonização e popularidade até nos dias de hoje.

Foi canonizado no dia 27 de Abril de 2014, dia em que foi comemorada a festa da Divina Misericórdia, estabelecida por ele. No mesmo dia também foi canonizado o Papa João XXIII numa cerimônia conjunta celebrada pelo então Papa Francisco e pelo Papa Emérito Bento XVI.

No dia 22 de Outubro, a Igreja Católica celebra o dia de São João Paulo II. A data foi estabelecida pelo papa Francisco por simbolizar o dia em que Karol Wojtyla celebrou sua primeira missa como papa, em 1978.


São João Paulo II, rogai por nós!


Que o testemunho de São joão Paulo II nos inspire a continuarmos firmes na busca incansável pela santidade, na intimidade com a Virgem Maria e na defesa do Evangelho de Jesus e da sã Doutrina da Igreja.

Fiquem com Deus amados(as)! Paz e bem!




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